Foi votado do Projeto de Lei nº 1518/2022, de autoria do vereador Reginaldo do Posto, que dispõe sobre a denominação de prédio público, e dá outras providências.
O vereador ordenalista justificou explicando que “Senhor Presidente, Bernardo Marcelino nasceu em 25 de abril de 1942, em Luzilândia no estado do Piauí. Filho do lavrador Marcelino Forte e Maria José do Nascimento chegou ao Maranhão ainda criança. Aos 16 anos casou-se com Maria de Lourdes, formando uma família grande de nove filhos, 18 netos e 16 bisnetos. Ainda muito jovem já trabalhava como agricultor, quando começou a formar sua família continuou no trabalho como agricultor.
Aprendeu a ler escrever praticamente só, porque ir à escola naquele tempo era muito difícil e tinha que trabalhar e, nem todos os jovens tinham condições para estudar. Sempre muito inteligente, conseguiu ler e escrever muito bem e era bom em matemática.
Trabalhou como agricultor e pecuarista. Na década dos anos 80 começou a trabalhar como voluntário com as irmãs do laboratório Madre Rosa, em Bacabal, para adquirir conhecimento na área da saúde, para ajudar as famílias da sua comunidade e das comunidades vizinhas no combate à desnutrição das crianças e nos ensinamentos de remédios caseiro para combater doenças como diarreia, cólera e outras.
Nós anos 80 e 90 conseguiu muitos benefícios para essas comunidades. Fazia curativos, aplicava injeção e orientava as pessoas nos primeiros procedimentos na área da saúde. Era chamado de enfermeiro. Conseguiu na época kits para o combate a cólera, filtros, a construção de fossas, uma espécie de banheiro sanitário e, kits para o preparo do soro caseiro.
Em 1991 fez o seletivo para agente comunitário de saúde. Foi seletivado e trabalhou por 31 anos. Foi presidente da associação dos agricultores, conseguiu um trator para a preparação da terra para plantação, conseguiu sementes, conseguiu o terreno para o campo comunitário para plantar arroz, mandioca, milho, melancia e feijão. Ainda atuou como corretor financeiro de bancos, conseguindo empréstimos para aposentados e comerciantes de sua comunidade e das comunidades vizinhas. Também foi presidente da associação dos agentes de saúde da cidade de Bom Lugar.
Desempenhava suas funções com muito amor e dedicação.
Criou seus nove filhos orientando a todos a serem homens e mulheres de caráter e trabalhadores. Formou a todos em suas áreas de trabalho, comerciantes, professores eletricistas, agentes de saúde, técnicos em enfermagem e técnico em agricultura. Tinha um lema vou deixar para meus filhos: ‘a maior herança é o conhecimento’. E dizia: ‘sou rico pois todos meus filhos estão encaminhados na vida’.
Ao seu lado teve o grande apoio de vida na esposa Maria de Lourdes, que o orientou e direcionou em todas as decisões. Viveram por 74 anos, com uma união de muita cumplicidade e companheirismo. Deixou um dos maiores legados: homem honesto, de caráter, trabalhador, um filho respeitador e um irmão carinhoso. Foi um marido fiel, pai dedicado, presente e um avô apaixonado.
Faleceu vítima da Covid -19 no dia 13 de junho de 2021.
Ainda tinha muitos sonhos para realizar. Mas, infelizmente não deu tempo. Hoje só ficou um grande vazio nos corações de cada um, de sua esposa, filhos e amigos, uma dor que rasga o peito e a alma.
Porém, conforta cada um de seus familiares e amigos, as lembranças boas de como foi um homem honrado, íntegro e honesto.
Sem dúvidas, esse potente ser humano deixou um vasto legado, além de ter levado consigo a graça de ter cumprido a sua missão. É a justificativa”.
Do Poder Executivo Municipal foram votados os projetos de lei nº 1519,1520 e 1521/2022, todos versando sobre denominação de prédios públicos, dando novos nomes a Unidade de Ensino Fundamental Tiradentes, que passou a se chamar Emília Alves Sousa; Unidade de Ensino Fundamental Romeu Neto, que passou a se chamar José Gregório Romeu Neto, e, para a Unidade de Ensino Fundamental Joaquim Nabuco, que passou a se chamar Maria dos Reis Pinheiro Silva.